INTRODUÇÃO
Eu, em Deus, já encontrei
A minha vida em flor;
E a descrevo aqui em versos,
Com carinho e com amor.
Amor para dar à Vida,
Amor para dar a Deus,
Pela Luz espiritual
Que Deus, na alma, me deu.
UMA VERDADE CONCRETA
1
Olhem meus amigos queridos
Amigos do bom viver
Não sejam patetas em vida,
Aprendam a conhecer
A conhecer a Verdade,
Do que a vossa alma contém.
E caminhem nesta vida
Com os olhos no Além.
No Espaço, há o fogo,
No Além, só há Luz,
E o contacto com o corpo
Dá-lhe firmeza na Cruz.
A firmeza vem da Vida,
A Vida deriva da Luz,
E essa Vida cá na Terra
Tem de ter sempre uma Cruz.
O ser humano é assim,
Composto de carne e sangue;
O seu sangue corre, corre,
Mas pára com o derrame.
2
Quando o derrame se dá,
É porque o ar não está lá:
O ar que entra com a Vida,
Que a Luz da Vida nos dá.
Ela deixou de actuar
Dentro dum corpo que é baço,
E volta para o Espaço
Onde mantém o seu laço.
O seu laço com a Graça,
Com a Graça de Jesus,
E continua vivendo,
No seu pontinho de Luz.
E Jesus a vai guardando,
E prendendo a sua raiz,
E só Deus sabe o que ela é
Dentro do seu marfim.
Se é Claridade ou Sombra,
Se fez cá o que Deus quis,
Ou se levou, junto ao seu ponto,
O Mal que não tem raiz.
3
Meus filhos, isto é muito sério,
Minha palavra está dada:
Não com aquilo que escrevo,
Mas com o que me vai na alma.
E aprendam, filhos de Deus,
A caminhar no Espaço,
Não com o laço da Cruz,
Com o laço do abraço.
O abraço que têm de dar
À Luz, que sentem e não vêem:
-Ela está em teu redor,
E tem a linha que a incendeia.
A linha é a tua vida,
Que está presa no Espaço,
E está no sangue da carne,
Mas não é um seu pedaço.
É um ponto muito belo,
Que se quer tornar em Luz,
Não a luz que há na Terra,
Mas na Luz que é Jesus.
4
E a Luz não pode ser ponto
De discórdia ou desavença,
Pois está ligada ao laço
Da Divinal Providência.
A Providência provém
Das Hostes Vivas de Deus
É a Vida que nós temos,
Num corpo que não é seu.
Se esse corpo não recebe
Sua Luz e Caridade,
Nunca pode ter na alma
A Luz da Sua Verdade.
A Verdade é algo santo,
Da obra e Vida de Deus ,
Se as obras em ti raiarem,
Terás a Luz no teu Eu.
Mas se tu não a recebes
Com Justiça e com Amor,
Não terás, na tua vida,
O Seu Divino Calor.
5
O calor de Deus é Vida,
Deriva do Seu Amor,
Se o compartilhas com Ele,
Terás, para Deus, valor.
E a palavra é tudo isto,
É o que da boca te sai,
Mas o que faz sair de ti
Não perecerá jamais.
E olhem, minhas santas almas,
E, para Deus, santas vidas,
Ganhem, nesta vida, a palma,
Das vossas almas vividas.
E caminhem com a crença
Que esta Vida é ilusão;
Ou é uma vida de graça,
Ou vida de maldição.
Antónia Rosa d'Assunção Cerina - "Ensinamentos Espirituais".
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