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É louvarmos a Jesus,
Com toda a nossa alma,
Para termos, nesta vida, paz,
E, na outra, a Luz da Alva.
A Luz da Alva é a Vida,
Que uma alma pode ter,
E ela só virá depois
Da nossa carne morrer…
A nossa carne é o pasto
Dos vermes da podridão;
Mas a nossa alma é,
De Deus, a Sua Benção.
E Deus abençoa a Vida,
Quando ela já tem o perdão,
O perdão da sua alma,
Para ter a consagração.
A consagração é fé,
A fé que temos na vida,
Quando já temos, em nós,
A estrada percorrida.
17
Percorremos a estrada,
Na companhia de Jesus,
E no fim, temos a Morte,
Ou então, temos a Cruz.
A Morte, é a morte em vida,
Do afastamento da Luz,
Porque a Vida continuada,
Vem da palavra Jesus.
Se Jesus viver em nós,
Temos a Sua Palavra,
Mas, se Ele em nós, morreu,
Não há Palavra, não há nada!
E vamos vivendo em cruz,
Até ao fim da Palavra,
Da Palavra que é Jesus,
E que, de nós, foi afastada!
Eu dou-te o conselho, amigo:
E nunca a afastes de ti;
Deixa que o destino marque,
Em ti, a sua raiz.
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E isto é a coisa mais bela
Que um ser humano pode ter:
É ter, na Vida, a certeza
Que vive para viver!
E leva-a com persistência,
Sempre, sempre, até ao fim,
Para que, na morte carnal,
Não tenha fim a raiz.
A raiz que é a seiva
Da Vida Espiritual,
Para que tenhas Vida, em pleno,
No teu Juízo Final.
A Vida Espiritual é
O Reino de Jesus;
Mas só entram nele as almas
Que, em Vida, tiverem Luz.
Por isto, eu louvo a Jesus,
Porque o sinto na minha alma;
E suplico-te a ti, que leias isto:
Que o leias com toda a calma.
Antónia Rosa d' Assunção Cerina - "Ensinamentos Espirituais" - (Caderno 3)