1
Este caderno foi escrito
Para um amigo em fé;
Mas ele não compreendeu
Aquilo que de Deus é…
Ele julgava que a fé
Estava nos bons adornos,
Que oferecia à Igreja,
Em flores e bons abonos.
Mas Deus para bem fazer,
Mostrou-lhe o justo caminho:
-Aquele que Cristo trilhou,
Para coroar os destinos…
Os destinos de quem julga
Que o Mundo é um jardim,
Sem que encontre nele o caminho
Que Deus requer para si.
Para si, no altruísmo,
No alto do Seu Império:
O Jardim da Vida Eterna,
Muito acima do Inferno.
2
Eu junto este ao primeiro*
Que a pedido dele escrevi,
Mas tenho em minha alma,
O que para a sua provi.
Não o digo por pensar
O que valor não terá,
O que ele de mal fez,
Que só Deus Pai julgará.
Para o Mundo, foi um santo,
Na ajuda que aos seus deu;
Mas para mim, foi um ser
Que a Vida não compreedeu.
Não aceitou meus conselhos,
Naquilo que lhe transmiti,
Mas ele viu, cá na Terra,
O que Deus queria de si.
Que era um espírito vivo,
Para voltar para Deus Pai,
Não com festas e adornos,
Mas com os dons naturais.
Antónia Rosa d'Assunção Cerina - "Ensinamentos Espirituais" (Caderno 2)
Nota da transmissora:
*A autora refere-se a este caderno como fazendo conjunto com o Caderno 1, dedicado à mesma pessoa. Este Caderno 2 vem, por isso, na sequência do anterior.
Neste caderno, existe apenas um poema que, por minha decisão pessoal, entendi ir dividindo, em tantas partes quantas sejam necessárias, para ser publicado gradualmente, dada a sua extensão e diversidade de assuntos nele tratados, mas sem títulos, o que sucedia no 1º Caderno.Essas divisões não têm número certo e igual de estrofes entre si, precisamente por causa do que referi acima.